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Mostrando postagens de outubro, 2009

Por Que os Homens Escrevem?

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Por Francikley Vito Derrepente atiramo-nos em um espaço vazio. Sem letras, sem falas, sem gestos, sem cor. Sem nada! Apenas nós e o vazio de uma tela em branco e uma idéia que precisa, a todo o custo, se manifestar. Idéias que, em nós, há muito tempo vivem. Atiramo-nos no ar como aranhas que sabe que o vazio não ficará assim por muito tempo, e queremos a todo o custo tecer. Alguns tecem enciclopédias, outros tecem livros, outros tecem versos, outros ainda, aforismos. Tecem suas teias, há muito demarcado. Tecem com o furor de preencher o vazio; afinal, sabemos que “a aranha vive do que tece”. Tecem até blogs! (mas isso, é uma outra teia!). Por que os homens escrevem? Já disseram que “falando o homem não manifesta somente aquilo que pensa, mas procura traduzir o seu estado de alma e, mais ainda, procura emocionar os outros” [1]. Mas não é só isso. Queremos animar, assolar, converter, consolar. De ande vem essa inquietude que nos leva sempre a querer tecer mais uma teia, mais

Sobre a oração de um pecador que não quer deixar o pecado (Parte 4/5)

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João Maria Batista Vianney (Trad. do francês Caramuru Afonso Francisco) Quereis que vo-lo mostre de uma maneira mais clara? Escutai-me. Durante a Santa Missa(A-4), ou durante as vossas orações, vem a vós um pensamento de ódio ou de vingança. Se amais melhor o bom Deus do que aqueles objetos, vós os expelireis prontamente, mas se vós não o fazeis, mostrareis que os preferis a Deus e que os pondes em lugar de Deus mesmo por lhes dar o vosso coração: “Meu Deus, sai de minha presença e me deixa pôr, em Teu lugar aquele demônio para que eu lhe dê as afeições de meu coração”. Vós haveis de convir comigo, meus irmãos, que quase nunca é o bom Deus que adorais em vossas orações, mas cada uma destas inclinações, isto é, destas paixões e nada mais. Isto — dir-me-eis — é um pouco forte. Isto é um pouco forte, meu amigo? Pois bem, mostrar-vos-ei que é a verdade, com toda a evidência. Dize-me, meu irmão, ou tu, minha irmã, quando tu te confessas(A-6), teu confessor não te diz: “Se deixares e

Teólogo ataca decisão de Bento XVI

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O teólogo suíço Hans Küng atacou publicamente decisão de Bento XVI de acolher Anglicanos no seio da Igreja Católica. Segundo o Jornal O Estado de São Paulo (online), o “teólogo dissidente” falou contra o Papa Bento XVI em um artigo públicado em dois grandes jornais da Europa (The Ruardian e La Repubblica do Reino Unido e Itália, respectivamente). Para reportagem, que passamos a citar literalmente abaixo, o teólogo teria dito que a decisão do Papa seria uma “tragédia”, e completa: ”a fome de Roma divide o cristianismo e danifica a sua igreja”. A publicação continua: Para o teólogo dissidente, as consequências da "estratégia" de Roma são três: "o enfraquecimento da Igreja Anglicana, a desorientação dos fiéis dessa confissão e a indignação do clero e o povo católico", que veem - diz - como se aceitam sacerdotes casados enquanto se insiste, de maneira "teimosa", no celibato dos padres católicos. Para o Vaticano as acusações do teólogo estão “muito

Sobre a oração de um pecador que não quer deixar o pecado (Parte 3/5)

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João Maria Batista Vianney (Trad. do francês Caramuru Afonso Francisco) II. Agora, ireis ver comigo que, considerando a oração do pecador em relação a suas disposições, não é ela outra coisa senão um ato ridículo, cheio de contradição e de mentira. Sigamo-lo por um instante, este cristão pecador que ora, digo por um instante, porque, ordinariamente, suas orações terminam logo depois que se iniciam. Escutemos este pobre cego, este pobre surdo: digo cego em relação aos bens que ele perde e pelos males que ele prepara para si mesmo; e surdo, em relação à voz da sua consciência que grita, à voz de Deus que o chama com grandes clamores. Entremos no conteúdo desta oração, estou certo de que desejareis saber que nada mais que aborreça e ofenda a Deus do que a oração de um pecador que não quer deixar o pecado. Escutai. A primeira palavra que ele diz, ao começar sua oração é uma mentira, ele entra em contradição consigo mesmo: “No nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Meu amigo,

Seita marca o retorno do Anticristo

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Site Marca o Dia da Vinda do Anticristo Na internet, um site [1] mostra na primeira página um grande relógio digital que conta, em ordem regressiva, os dias, horas, minutos e segundos que faltam para o aparecimento do Anticristo. De acordo com o mesmo, a revelação foi dada em uma “reunião” por São Miguel [?]. Diz o texto que Miguel falou: “em 13 de Setembro anotai: "É o Terceiro dia dos 1.260... Quanto aos profetas atuais, anotai: Revelações, no Capítulo 10, na palavra 4 e na palavra 11... Portanto, já vivereis o que vos foi profetizado... Amém!”(sic). Portanto, o Anticristo se manifestaria em “15 de fevereiro de 2012”. Para o Teólogo Stanley M. Hortos, “Jesus não disse exatamente o tempo de sua volta (Mt 24.30,36; Mc 13.32,33). É possível que Deus tenha mantido essa informação em sigilo a fim de reduzir ao mínimo os perigos da demora” e “É melhor que não saibamos a data da segunda vinda de Jesus. Deus quer que realizemos a Sua obra.”[2] Nota [1] http://fimdostempos.

Sobre a oração de um pecador que não quer deixar o pecado (Parte 2/5)

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João Maria Batista Vianney (Trad. do francês Caramuru Afonso Francisco) 1º Digo, em primeiro lugar, que é necessário que tenhamos uma fé viva – E por quê? — dir-me-eis. Meu amigo, ei-lo: é que a fé é o fundamento e a base de todas as nossas boas obras, e sem esta fé, todas as nossas ações, ainda que boas em si mesmas, não são senão obras sem mérito. Devemos estar também tão compenetrados da presença de Deus, diante de quem temos a felicidade de existir, como um doente que uma febre violenta fez cair no delírio e ”viajar”: seu espírito, uma vez fixado em algum objeto, ainda que nada haja de visível, está tão convencido de sua existência que ele deseja tocá-lo e, ainda que nos esforcemos a lhe dizer o contrário, ele não quer crer. Sim, meus irmãos, foi com esta fé violenta, se posso ousar dizer assim, que santa Madalena procurou o Salvador, não O tendo encontrado em Seu sepulcro. Ela estava tão compenetrada do objeto que ela procurava, que Jesus Cristo, para experimentá-la, ou me

José Saramago "Fala" da Bíblia

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O Prêmio Nobel de Literatura de 1998, o escritor português José Saramago, lançando o seu novo livro, numa entrevista dada uma agência de Portugal, aproveitou para sublinhar suas idéias sobre Deus e particularmente sobre a Bíblia. Para José Saramago, “A Bíblia passou mil anos, dezenas de gerações, a ser escrita, mas sempre sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável. É uma loucura”. E completa:“O Corão, que foi escrito só em 30 anos, é a mesma coisa. Imaginar que o Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de comunicação tinham Maomé ou os redactores da Bíblia com Deus, que lhes dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo. Nós somos manipulados e enganados desde que nascemos!” Ao comentar a entrevista Fernando Ventura (capuchino português) afirmou: “A Bíblia pode ser lida por alguém que não tem fé, mas supõe alguma honestidade intelectual de quem o lê”, afirmou, acusando Saramago de “uma falta gigantesca” dessa honestidade. E

Sobre a oração de um pecador que não quer deixar o pecado (Parte 1/5)

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João Maria Batista Vianney (Trad. do francês Caramuru Afonso Francisco) “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões O seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-O, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. “(Mt.8:1,2) Lendo estas palavras, meus irmãos, eu vejo o dia de uma grande festa quando a multidão vem a nossas igrejas, para perto de Jesus Cristo, não descendo de uma montanha, mas sobre nossos altares, onde nós, uma vez, O descobrimos como um rei no meio de seu povo, como um pai rodeado de seus filhos, como um médico cercado de seus doentes. Uns adoram este Deus, que os céus e a terra não podem conter a imensidão, com uma consciência pura, como um Deus que reina em seus corações: é só o amor que os traz aqui para que ofereçam um sacrifício de louvores e de ações de graças. Eles estão certos de não sair de perto deste Deus amoroso sem ser cheios de toda sorte de bênçãos. Outros comparecem diante deste Deus tão puro e santo com uma alma toda cob

Vídeo - C.S. Lewis Fala de Deus e o Tempo

Não Deixe Que o Fulgor da Revelação Ofusque o Brilho da Humildade

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Por Francikley Vito A Nossa sociedade, chamada por alguns de “pós-moderna”, tem vivido momentos conturbados; em que valores antes tidos como intocáveis são, dia a dia, desprezados ou mesmo negados. Resultado direto do chamado relativismo. Para os que pensam assim tudo é relativo, até mesmo a “idéia” de um Deus pessoal. Dois movimentos ilustram de maneira satisfatória aquilo que afirmei acima, a saber: a divinização do homem e a consequente “desdivinização de Deus”. Posições que contrariam tudo aquilo que o “Deus revelado” disse de nós e para nós. Pensemos, por exemplo, no conceito Revelação. Em todos os sentidos que pensarmos, essa palavra traz consigo a idéia de um Deus que se mostra aos homens. Revelação é, portanto, a ação de Deus no esforço de se fazer conhecido ao homem. O problema é que alguns têm tomado a revelação, que lhe é dada por Deus, como um meio de mostrar a eles mesmos, e não como um recurso da graça para que nós outros “conheçamos e prossigamos em conhecer a

Deus, Socorro em Tempos de Crise

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Por Francikley Vito Verdadeiramente, somos como ilhas cercadas de crises por todos os lados. E isso incomoda. No mundo conturbado como o que estamos, podemos perceber facilmente que muito entre nós estão vivendo em busca de alguma coisa que os faça esquecer que estão no meio do oceano das crises; e essas pessoas, para não perceberem o que as cerca, vivem aquilo que poderíamos chamar de “um não ser”, ou seja, queremos viver vidas que não são suas, sonhar sonhos que não são seus; viver como que uma realidade paralela, uma vida ilusória que só existe nelas mesmas – um mundo separado da vida real, fictício por natureza. Não que isso seja de todo errado; o problema é quando fazemos deste mundo o único aceitável, e nos recusamos a lidar com a realidade. Podemos imitar o poeta Fernando Pessoa quando conclama: “agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qua