Deus, Socorro em Tempos de Crise

Verdadeiramente, somos como ilhas cercadas de crises por todos os lados. E isso incomoda.
No mundo conturbado como o que estamos, podemos perceber facilmente que muito entre nós estão vivendo em busca de alguma coisa que os faça esquecer que estão no meio do oceano das crises; e essas pessoas, para não perceberem o que as cerca, vivem aquilo que poderíamos chamar de “um não ser”, ou seja, queremos viver vidas que não são suas, sonhar sonhos que não são seus; viver como que uma realidade paralela, uma vida ilusória que só existe nelas mesmas – um mundo separado da vida real, fictício por natureza. Não que isso seja de todo errado; o problema é quando fazemos deste mundo o único aceitável, e nos recusamos a lidar com a realidade. Podemos imitar o poeta Fernando Pessoa quando conclama: “agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?”. Podemos dizer, então, que o agir muda o nosso presente e transforma o nosso futuro. Não esconder-se, enfrentar. Não fugir, ficar.
E por mais absurdo que possa parecer, isso também acontece com aqueles que tentam a todo custo “buscar a ajuda de Deus”. Quando pedimos o socorro de Deus não deveríamos pensar que o Senhor fará tudo por nós, desconsiderando a nossa livre vontade; devemos pensar nisso como um apelo dependente de pessoas que reconhecem que o seu Deus pode ajudá-las mesmo nas piores situações da suas vidas.
Uma das figuras mais usadas no Novo Testamento para descrever os filhos de Deus é a do servo; e o “escravo” é aquele que ouve a voz do seu senhor e age depois de ouvi-la. Portanto, quando Deus diz que irá “diante” (Is 45) de nós devemos segui-lo; quando fala que abrirá uma “porta” (Ap 3.8) à nossa frente devemos entrar por ela; quando manda pegar a nossa “cama” (Jo 5.9) e andar devemos obedecer. Isso é o que podemos chamar de ação “dual”, isto é, Deus faz a sua parte e nós a nossa.
Sei que há muitas outras implicações nestas afirmações, mas todas as vezes que penso nesse princípio recordo-me da pergunta perturbadora do escritor americano Ron Mehl, que indaga: “A vida cristã não se resume realmente em Deus nos segurar e nós nos agarrarmos a Ele?”[1]. Isso é ação dual!
Nota
[1]Mehl, Ron. Deus Trabalha no Turno da Noite. São Paulo: Pub. Quadrangular, 1995.p.62
No mundo conturbado como o que estamos, podemos perceber facilmente que muito entre nós estão vivendo em busca de alguma coisa que os faça esquecer que estão no meio do oceano das crises; e essas pessoas, para não perceberem o que as cerca, vivem aquilo que poderíamos chamar de “um não ser”, ou seja, queremos viver vidas que não são suas, sonhar sonhos que não são seus; viver como que uma realidade paralela, uma vida ilusória que só existe nelas mesmas – um mundo separado da vida real, fictício por natureza. Não que isso seja de todo errado; o problema é quando fazemos deste mundo o único aceitável, e nos recusamos a lidar com a realidade. Podemos imitar o poeta Fernando Pessoa quando conclama: “agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?”. Podemos dizer, então, que o agir muda o nosso presente e transforma o nosso futuro. Não esconder-se, enfrentar. Não fugir, ficar.
E por mais absurdo que possa parecer, isso também acontece com aqueles que tentam a todo custo “buscar a ajuda de Deus”. Quando pedimos o socorro de Deus não deveríamos pensar que o Senhor fará tudo por nós, desconsiderando a nossa livre vontade; devemos pensar nisso como um apelo dependente de pessoas que reconhecem que o seu Deus pode ajudá-las mesmo nas piores situações da suas vidas.
Uma das figuras mais usadas no Novo Testamento para descrever os filhos de Deus é a do servo; e o “escravo” é aquele que ouve a voz do seu senhor e age depois de ouvi-la. Portanto, quando Deus diz que irá “diante” (Is 45) de nós devemos segui-lo; quando fala que abrirá uma “porta” (Ap 3.8) à nossa frente devemos entrar por ela; quando manda pegar a nossa “cama” (Jo 5.9) e andar devemos obedecer. Isso é o que podemos chamar de ação “dual”, isto é, Deus faz a sua parte e nós a nossa.
Sei que há muitas outras implicações nestas afirmações, mas todas as vezes que penso nesse princípio recordo-me da pergunta perturbadora do escritor americano Ron Mehl, que indaga: “A vida cristã não se resume realmente em Deus nos segurar e nós nos agarrarmos a Ele?”[1]. Isso é ação dual!
Nota
[1]Mehl, Ron. Deus Trabalha no Turno da Noite. São Paulo: Pub. Quadrangular, 1995.p.62
Paz irmão...
ResponderExcluirObrigada por sua visita no Halicia.net.
Também gostei bastante do seu blog. O Espírito ministrou ao meu coração através deste texto; nossa parte é obedecer ao comando do Senhor!!!
Que Deus te prospere, em nome de Jesus!
Citei seu texto em meu blog... Dê uma olhada!
ResponderExcluirHalícia, fico feliz em tê-la edificado; esta é minha maior alegria, ser uma canal de benção!Paz.
ResponderExcluirGraça e Paz meu querido.
ResponderExcluirComo sempre muito inteligente esse meu mestre, se é que assim o senhor me permita chama-lo...
Uma coisa que penso e que muitas vezes ja apliquei em trechos de meus poucos sermões é que se estamos em uma situação e acomodamo-nos nela o Senhor nos mantém e com braço forte nos segura ali. Porém no momento em que nos levantamos olhamos uma tão grande montanha pela frente cheia de dificuldades, barrancos, desafios, gigantes, mares, rios, e tantas coisas que não querem permitir-me chegar ao ponto mais alto, podemos ter a convicção de que Deus ja se levantou primeiro, venceu todas essas barreiras está a nos esperar lá... e posso crêr que se existia algo que fosse maior do que eu o Senhor ja eliminou e que ainda que eu possa estar prostado achando que não vou conseguir o Senhor vem ao meu encontro me ergue e faz-me seguir adiante.
Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, pois fiel é aquele que prometeu Hb 10,23
Deus te abençoe!
Dc. Paulo Valadão
Paulo, meu querido amigo, é um prazer tê-lo conosco. Que o nosso Deus continue te usando de maneira maravilhosa.Paz.
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