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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

‘Maestro’ de Fé na Verde e Rosa

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Presbítero da Igreja Renascer em Cristo, Ailton Nunes, quer buscar a nota dez para a bateria da Mangueira. Cria da comunidade, ele vê a mão de Deus em seu dom de tocar Quis o Criador abençoar o talento de Ailton André Nunes e ele acabou traçando seus passos no compasso do surdo de primeira. Ou melhor, da ‘Bateria Surdo Um’. Foi a paixão pelo ritmo, surgida quando ainda era moleque e rolava pelo lixão do Chalé, no Morro da Mangueira, em busca de latas e papelão para fazer tambores afinados com o calor de fogueiras, que fez o hoje presbítero, (uma espécie de líder) da Igreja ‘Renascer em Cristo’, aceitar o convite do presidente Ivo Meirelles e se tornar, há pouco mais de um mês, o novo mestre de bateria da Verde e Rosa. Contradição com a fé? Não para Ailton, percussionista profissional, 39 anos, casado, pai de duas filhas e avô de outra menina. “Sou um servo de Deus e acredito que as pessoas têm um dom. E acredito no plano de Deus para a minha vida. E faz parte passar por isso, es

Escatologia: Sinais do Perfume do Jasmim

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Por Caramuru A. Francisco 2011 iniciou, na política internacional, com uma série de movimentos populares em diversos países árabes e/ou muçulmanos do Oriente Médio e Norte da África demonstrando a fadiga das ditaduras secularistas que, há décadas, governam estes países. Tudo começou na Tunísia, onde uma onda de protestos eclodiu a partir da autoimolação de Muhammad Bouaziz, um jovem que, apesar de graduado em curso superior, não conseguia encontrar um trabalho regular e foi privado, por parte das autoridades, do seu magro sustento, vendendo verduras. Ele colocou fogo em seu próprio corpo em 17 de dezembro de 2010 e acabou incendiando o país, que já estava farto do governo do presidente Zine El Abidine Ben Ali, que já durava 23 anos e cuja família, principalmente a de sua mulher, praticamente controlava todos os negócios rentáveis do país. Com a queda do presidente da Tunísia, que fugiu do país em 14 de janeiro de 2011, após uma onda de protestos populares, que ficou conhecida com

Unesco é Favorável ao "Kit Homofobia"

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu parecer favorável aos kits informativos de combate à homofobia nas escolas públicas que, na sua avaliação, “contribuirá para a redução do estigma e da discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade”. Atualmente o material está sob análise do Ministério da Educação (MEC). O kit homofobia, como vem sendo chamado, foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. O preconceito contra alunos homossexuais tem afastado esse público da escola, apontam as entidades. “Todas as pesquisas mostram que em torno de 40% da população escolar têm preconceito com esse público. O material vai ensinar os professores a trabalhar isso”, defendeu Toni Reis, presidente da ABGLT. O kit é formado por cartazes, um livro com su

Um Novo Mínimo sob Velhas Questões

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Por Francikley Vito Não sou economista, e escrevo primordialmente para pessoas que também não são; por isso me aventuro a colocar algumas questões sobre o aumento do salário mínimo, recentemente votado na Câmera dos Deputados. O novo mínimo de R$ 545,00 trouxe consigo muitos debates em vários setores da sociedade, inclusive entre os evangélicos. O motivo? A posição de vários deputados que votaram a favor do novo mínimo em detrimento de um valor maior. Apesar de não ser um especialista, algumas coisas são sabidas em referência ao assunto “salário mínimo”. Primeiro, o salário mínimo é um direito garantido por lei. A nossa Constituição de 1988 no seu artigo 7º diz que: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: salário mínimo [...] capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”; para os econom

Testemunho: Seja a Favor ou Se Cale

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Por Alisson Coutinho Após 15 anos de dedicação e entrega à nobre arte de educar, me sinto perplexo diante da realidade de nossas escolas: cada vez mais o relativismo toma conta da mente e das almas dos ditos educadores. O multiculturalismo com sua agenda socialista e gayzista é seguido à risca por professores, coordenadores, supervisores, gestores e claro diretores. Digo isso porque senti na pele o que acontece com quem se coloca contra o comunismo, o ateísmo e principalmente, sendo esse o maior erro, contra o famigerado homossexualismo. Um certo dia os alunos me perguntaram se eu era a favor ou contra o homossexualismo. O assunto surgiu após uma brincadeira feita por outros professores com relação à parada gay, e eu fui enfático em dizer que era contra e que possuía vários motivos para ter essa posição. Nesse momento o caos se instalou e todos começaram a falar ao mesmo tempo, gritando as mesmas justificativas de sempre: que era normal na Grécia, pois o professor de história tinh

Dilma se Reúne com Membros da CNBB

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Depois de ter enfrentado graves problemas em sua campanha eleitoral por causa da discussão sobre o aborto e até ter sido alvo de carta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual a entidade pediu que os fiéis não votassem nela, a presidente Dilma Rousseff se reencontrou hoje com integrantes da cúpula da Igreja Católica e o tema polêmico acabou sendo deixado de lado na conversa. De acordo com o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara, a questão aborto não fez parte do encontro. "O momento não era adequado para discutir esse assunto", declarou dom Dimas, após a reunião, evitando reabrir a polêmica. "A questão do aborto ficou resolvida na própria campanha", emendou ele, esquivando-se de tratar do assunto e lembrando que esta foi a primeira reunião de representantes da Igreja com Dilma, depois que ela assumiu a Presidência. O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, que também negou que o tema polêmico tenha sido tratado no encontro com Dilma, tent

Os Reality Shows e o Crescimento Evangélico

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Por Francikley Vito Já disseram que não adianta ler, é preciso entender o que se está lendo. Fomos informados recentemente que a população evangélica no Brasil chegará em 2011 ao expressivo número de 57,4 milhões de fieis e para 2020 a expectativa e que esse número aumente para algo em torno dos 109,3 milhões, 52, 2% da população naquele ano. No mesmo texto somos lembrado de que esse crescimento “ não se trata de avivamento”, pois segundo o pesquisador Luis André Bruneto, autor da pesquisa, o verdadeiro avivamento se reflete, “na conversão em massa das pessoas, mas também em profundas mudanças no pensamento da sociedade, direcionada pela influência dos cristãos redimidos.”[1] Ainda segundo Bruneto, um dos maiores problemas deste crescimento é que a maioria dos líderes no Brasil é “carente de direção na teologia, eclesiologia e missiologia”; o que logicamente reflete na educação cristã-teologica de seus liderados . De modo um tanto simplista, poderíamos dizer que temos um crescimento

Não Espere que Jesus Faça Tudo por Você!

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Por Fernanda Dannemann Não acredito em milagre gratuito, obtido apenas à base de oração e pensamento positivo. É muito fácil responsabilizar Jesus por nossos erros ou acertos, como se a felicidade humana fosse uma sentença divina. E a nossa responsabilidade, onde é que fica? O livre-arbítrio diante das escolhas e suas conseqüências? Que comodismo por trás da frase “Deus não quis”, quando, na verdade, quebramos a cara porque fomos vaidosos ou irracionais! Facílimo pintar o sete e depois correr para o colo de Jesus, como crianças arrependidas, para que Ele resolva os pepinos que deixamos para trás. Afinal de contas, o “arrependimento salva”, como já me disseram. Ou, ainda, buscar abrigo sob oportunismo da afirmação "foi a vontade de Deus", nas ocasiões em que nos damos mal porque insistimos na pior alternativa... o fanatismo cega. A sua vida é uma obra sua. Usar a “vontade de Deus” para justificar fracassos é o mesmo que levantar falso testemunho contra Ele. Cuidado com o

Quando Jesus Morreu na Cruz Deus Morreu Também?

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Por William Lane Craig Felizmente, a Igreja cristã histórica já discutiu esta questão de forma clara. O Concílio de Calcedônia (451) declarou que o Cristo encarnado era uma pessoa com duas naturezas, uma humana e outra divina. Isto gerou conseqüências muito importantes. Isto implica que, uma vez que Cristo existia antes de sua encarnação, ele era um ser divino antes de falarmos sobre sua humanidade. Ele foi e é a segunda pessoa da Trindade. Na encarnação, esta pessoa divina assume uma natureza humana também, mas não há outra pessoa em Cristo além da segunda pessoa da Trindade. Existe um acréscimo de natureza humana que o Cristo pré-encarnado não tinha, mas não há acréscimo algum de uma pessoa humana à pessoa divina. Existe apenas uma pessoa, com duas naturezas. Portanto, o que Cristo disse e fez, Deus disse e fez, uma vez que quando falamos de Deus, estamos falando sobre uma pessoa. Esta é a razão do Concílio falar de Maria como “a mãe de Deus”. Ela carregou no ventre uma pessoa d

Robinson Cavalcanti Fala do Neopentecostalismo

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O fenômeno neopentecostal é caracterizado pelo surgimento de seitas para-protestantes, já que não há vínculos históricos, teológicos ou doutrinários desse segmento com a Reforma. Sendo assim, denominá-los de “evangélicos” é uma imprecisão e um desserviço ao conjunto do evangelicalismo no Brasil. O termo evangélico, no continente europeu, é apenas sinônimo de protestante, mas na Inglaterra da primeira metade do século 19 adquiriu um sentido próprio – era a afirmação de uma herança que vem de John Wycliffe, passando pela Reforma, o puritanismo, o pietismo, o avivamento wresleyno e o movimento missionário, caracterizada por uma afirmação das doutrinas do credo e dos pontos convergentes das confissões de fé reformadas. Esse movimento enfatizava a autoridade das Sagradas Escrituras, a conversão ou novo nascimento, a busca de santidade e a obediência ao mandado missionário. Na década de 1850, foi criada a Aliança Evangélica, e os seus seguidores, como Wilberfoce no passado ou John Stott no

A Palavra de Deus: A Bússola Esquecida na Estrada

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Por Francikley Vito Somos informados a todo o momento que “a Palavra de Deus é bússola para a vida cristã”; tenho visto, para minha tristeza, que essa afirmação pode não passar de um simples adágio, aquelas frases que repetimos impensadamente pelo simples fato de não querermos refletir em seu verdadeiro sentido. O uso dos adágios torna-se cada vez mais visível quando consideramos as frases ditas nos púlpitos de nossas igrejas locais. Fico às vezes imaginando se aquilo que dizemos é mesmo o que queríamos dizer ou se essas frases são apenas palavreados vazios sem nenhum sentido espiritual ou prático. Um exemplo disso que estou dizendo ficou claro recentemente e de maneira um tanto quanto desalentadora. Recentemente, em minhas sapeadas pelos blogs e sites que costumo ler, fui surpreendido por uma pesquisa “inconveniente” que dizia que 50,68% dos pastores e líderes entrevistados nunca tinham lido a Bíblia toda. A pesquisa[1] realizada pela Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Ameri

O Crescimento da Igreja em Jerusalém

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Por Caramuru A. Francisco Estamos a estudar o livro de Atos dos Apóstolos, que, como já temos visto, não é só o livro histórico do Novo Testamento, mas, também, o modelo, o manual a ser observado por todos os crentes, de todas as épocas, no desempenho da tarefa que o Senhor Jesus nos deixou até a Sua volta, qual seja, o de pregação do Evangelho a toda a criatura (Mc.16:15). Desta forma, não há como deixar de verificar que, no livro de Atos, temos o manual do Espírito Santo a respeito da estrutura e do comportamento da Igreja no cumprimento da “grande comissão”, modelo este que, por ser divino, não pode ser substituído nem distorcido por qualquer “visão humana”. Ao verificarmos o livro de Atos, chegamos à conclusão de que o crescimento é uma característica presente na igreja primitiva. Desde o dia de Pentecostes, quando, após a pregação de Pedro, quase três mil almas se converteram (At.2:41), como depois, o aumento do número de salvos para aproximadamente cinco mil, após o mila

A Educação e a Mão do Estado

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Por Francikley Vito O início do ano letivo e a consequente retomada dos debates sobre a educação, traz à tona questões como o lugar da escola na abordagem de temas como religião, sexualidade e moral. Em artigo recentemente publicado na Folha de São Paulo [1], o educador Luiz Carlos Farias da Silva e o procurador Miguel Nagib questionam-se sobre o direito da escola de dizer às crianças o que é “a verdade” em matéria de moral. Para os autores esse pretenso direito simplesmente não existe, isto é, os únicos que tem o poder legal de educar os seus filhos sobre o que é moralmente certo ou errado são os pais. Citando a declaração da Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (CADH), assinada pelo Brasil, a saber, que os filhos “recebam a educação religiosa e moral que estejam de acordo com suas próprias convicções” , os autores denunciam que esse direito dos pais tem sido constantemente desrespeitado. E completam: “o MEC não só não impede que o direito dos pais seja usurpado pelas escola