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Mostrando postagens de abril, 2014

Dietrich Bonhoeffer: uma vida de pastor

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Por Pietro Citati A família de   Dietrich Bonhoeffer   era uma dos grandes famílias aristocráticas da   Alemanha   luterana.  Os   von Hase , aos quais a mãe pertencia, tinham estreitos laços com a corte imperial: a casa de   Berlim , próxima de   Tiergarten , tinha muros comuns com o   Parque de Bellevue , onde brincavam os filhos do imperador. Não havia ramo da cultura alemã aos quais os   Bonhoeffer   e os   von Hase   não estivessem ligados: teologia, música, filosofia, psicologia, psiquiatria, física, pintura, escultura. O pai de   Dietrich ,   Karl , neurologista e psiquiatra, não se declarava cristão. Mas toda a família estava embebida pelo profundo sentimento religioso da mãe, cujo avô,   Karl August von Hase , havia sido um teólogo famoso. Quando os pais e os filhos se reuniam na casa muito espaçosa da   Breslávia   e depois de   Berlim   e nas belas casas alpinas, sempre se sentia – como   Dietrich   escreveu à sua avó – que dom era ser uma grande família, que vivi

Notas sobre leitura bíblica*

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Por Francikley Vito  No meio de uma aula em que se discutia a importância da literatura, a professora impulsionada pelo zelo e amor que tinha pelas artes, exclamou: “O problema é que estamos deixando de ler literatura para nos entupir de teorias!”. É claro que a professora sabia da importância da teoria para a formação de um estudante da Literatura, mas o que ela queria dizer era que não podemos estudar a literatura olhando só para a teoria. Assim, se a vida cristã é regida pelo Livro, não podemos viver essa mesma vida cristã sem nos achegarmos à Bíblia, sem lê-la. Veremos abaixo alguns princípios básicos para uma cuidadosa leitura dos Textos Sagrados.  * O texto foi publicado na revista Ultimato Online na seção "Palavra do leitor".    Continue lendo...

A Assembleia de Deus e o Regime Militar

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Por Mário Sérgio de Santana A postura dos evangélicos durante o Regime Militar (1964-1985) é controversa e polêmica. Mas é certo que a maioria das denominações apoiaram o regime de exceção que se instalou no Brasil durante pouco mais de 20 anos. Poucas vozes entre os protestantes se levantaram contra o regime. O sociólogo Paul Freston, afirma em seu livro  Evangélicos na Política Brasileira , que somente a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) lançou durante o período da ditadura um documento chamado de "Manisfesto de Curitiba", criticando o governo dos militares e suas práticas de repressão. O que prevaleceu mesmo foi o apoio, inclusive com participação de ministros evangélicos nas denúncias de membros ou seminaristas considerados "subversivos". A cooptação política entre os protestantes também se deu através de nomeações de líderes leigos para cargos de importância (governadores, secretarias etc) e o aliciamento para os cursos da Escola Sup