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Mostrando postagens de março, 2013

O Sermão do Diabo

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Nem sempre respondo por papéis velhos: mas aqui está um que parece autêntico; e, se o não é, vale pelo texto, que é substancial. É um pedaço do evangelho do Diabo, justamente um sermão da montanha, à maneira de São Mateus. Não se apavorem as almas católicas. Já Santo Agostinho dizia que "a igreja do Diabo imita a igreja de Deus". Daí a semelhança entre os dois evangelhos. Lá vai o do Diabo: "1º E vendo o Diabo a grande multidão de povo, subiu a um monte, por nome Corcovado, e, depois de se ter sentado, vieram a ele os seus discípulos. "2º E ele, abrindo a boca, ensinou dizendo as palavras seguintes. "3º Bem-aventurados aqueles que embaçam, porque eles não serão embaçados. "4º Bem-aventurados os afoitos, porque eles possuirão a terra. "5º Bem-aventurados os limpos das algibeiras, porque eles andarão mais leves. "6º Bem-aventurados os que nascem finos, porque eles morrerão grossos. "7º Bem-aventurados sois, quando vos inj

Novo Papa diz Como Escolheu o Nome de "Francisco"

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O papa Francisco afirmou neste sábado (16), em pronunciamento para jornalistas, que escolheu o nome de São Francisco de Assis após ser lembrado pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que estava a seu lado no momento da eleição, de que era preciso se lembrar dos pobres. "Quando os votos chegaram a dois terços, aconteceu o aplauso esperado, pois afinal eu havia sido eleito papa. E ele me abraçou, me beijou e disse: "não se esqueça dos pobres". Eu lembrei imediatamente de Francisco de Assis." Segundo o papa, seu desejo seria "uma igreja pobre, para os pobres". "O nome apareceu no meu coração. Para mim, o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e proteje a criatura." O papa comentou ainda que considera dom Cláudio Hummes um "grande amigo". "Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar", contou. Francisco ainda ressaltou o que para ele é a figura cen

Quem é (Jorge Mario Bergoglio) o Papa Francisco I

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O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, agora Papa Francisco I, nasceu em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936. Arcebispo de Buenos Aires e primado da Argentina, ele é um homem tímido e de poucas palavras, mas com grande prestígio entre seus seguidores, que apreciam sua total disponibilidade e seu estilo de vida sem ostentação. É reconhecido por seus dotes intelectuais e considerado dialogante e moderado, amante do tango e do time de futebol San Lorenzo. Antes de seguir carreira religiosa, Bergoglio formou-se técnico químico. Escolheu depois o sacerdócio, quase uma década após perder um pulmão por uma doença respiratória e de deixar seus estudos de química, ingressando em um seminário no bairro de Villa Devoto. Em março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, congregação religiosa dos jesuítas, fundada no século XVI. Em 1963, Bergoglio estudou humanidades no Chile, retornando à Argentina no ano seguinte. Entre 1964 e 1965, foi professor de literatura e psic

Uma História de Renúncias Papais

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Por John W. O'Malley A renúncia do Papa Bento XVI no dia 28 de fevereiro levantou muitas perguntas sobre esse ato histórico. Quem foi o último papa a abandonar o seu ofício? Quantos papas renunciaram? Essas questões não são tão fáceis de responder como parecem. O cânone 332 especifica que, para ser válida, uma renúncia deve ser "livre" – não coagido. Convencionalmente, descrevem-se nove ou dez papas como renunciatários. Esse número seria maior se incluíssemos os chamados antipapas, alguns dos quais, como o primeiro João XXIII (1410-1415), podem muito bem ter sido os legítimos requerentes. Não importa quão longa ou quão curta seja a lista, poucos renunciaram "livremente" no total. No entanto, quer livres ou forçadas, as renúncias parecem ter funcionado pelo bem da Igreja. O Papa Celestino V (1294) é o melhor candidato e também o mais famoso papa que renunciou livremente. Dante o colocou no inferno por essa "grande recusa", isto é, por se