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Mostrando postagens de abril, 2011

"Deus me Livre de Ser Feliz"

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Por Francikley Vito Ouvimos com frequência uma frase que, de tão repetida, temos a sensação de que é uma necessidade primária. A frase é: Eu quero ser feliz! Mas quando desejamos ser feliz, o que realmente queremos dizer? Para muitos, a felicidade consiste em adquirir bens materiais, ter um trabalho bem-remunerado ou ser reconhecido por seus talentos, possuir uma família harmoniosa e gozar de boa saúde, etc.. Se assim fosse, não haveria aqueles que apesar de não ter a maioria dessas coisas (leia-se dinheiro e fama) quando perguntadas se são felizes, respondem com um sonoro e retumbante sim. Qual o motivo de algumas pessoas conseguirem ser feliz sem ter praticamente nada, enquanto outros, mesmos tendo tudo, vivem a procura de uma felicidade que parece nunca chegar? O que é a tão desejada e não encontrada felicidade? É possível ser feliz? Em um artigo publicado no carnaval (um tempo em que a maioria das pessoas se enxergam como estando vivendo o auge da felicidade possível), o filoso

Vídeo - David Wilkerson - Homenagem (+ 27/04/2011)

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Da Paixão de Cristo à Paixão Amorosa

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Por Sérigio Rodrigues Sempre me intrigou, desde criança, a Sexta-Feira da Paixão . Por que o martírio de Cristo levava o nome que usamos para designar uma emoção intensa, quase sempre amorosa, e que pode ser até violenta e perturbadora, mas normalmente tem valor positivo? Quem não gosta de se apaixonar? Essa amplitude semântica me parecia excessiva, difícil de abarcar. Mas o percurso não é tão inusitado quanto parece à primeira vista. A paixão amorosa nasceu, sim, marcada pela ideia de sofrimento: o gozo só viria mais tarde. Mas para começo de conversa é preciso compreender que a paixão foi suplício físico muitos séculos antes de ser arrebatamento afetivo ou sexual. Do latim tardio passio, passionis , ela surgiu com o sentido de padecimento atroz, em especial o de Jesus Cristo e o dos primeiros mártires da Igreja Católica. Ligada ao radical pati , é parente de palavras como passivo e paciente, e deixa entrever o apaixonado como aquele que suporta a dor. Foi com esse sentido relig

Revendo o Nosso Conceito de Educação

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Por Gilbert Keith Chesterton Quão estranho é, então, que tão constantemente pensemos que a educação tenha algo a ver com tais coisas como ler e escrever! Ora! educação real consiste em não ter nada a ver com coisas como ler e escrever. Ela consiste, no mínino, em ser independente delas. A educação real consiste no fato de que vemos além de símbolos e de meros mecanismos da época em que nos encontramos: a educação consiste precisamente na percepção de uma simplicidade permanente que sobrevive por trás de todas as civilizações; a vida que é mais que alimento; o corpo que é mais que vestuário. O único objetivo da educação é fazer-nos ignorar os meros esquemas de educação. Sem educação estamos num perigo horrível e mortal de levar a sério as pessoas instruídas. A última das modas da cultura, o último dos sofismas do anarquismo nos arrebatarão se não formos educados: não saberemos quão antigas são as novas ideias. Pensaremos que a ciência cristã; é realmente todo o cristianismo e toda a c

O Apóstolo Paulo: Sua Missão e Evangelho

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Por Daniel Marguerat Paulo é um homem de colaboração, de equipes, de redes. Com freqüência é imaginado só, mas não é o caso! Ignora-se, freqüentemente, que sua rede missionária, feita de múltiplas colaborações, é o vetor de evangelização mais eficiente que tenha conhecido toda a Antigüidade! Mas, acima de tudo, Paulo é o homem de duas culturas, a cultura hebraica e a cultura greco-latina. É um fariseu que pertence a uma ala intransigente do judaísmo no pensamento, na exegese da Tora e na aplicação do ritual à vida individual. É também um homem plenamente possuidor da dialética e da retórica greco-romanas, que seguramente aprendeu na escola estóica de Tarso, a maior escola estóica do Leste do Mediterrâneo. Paulo encontra-se dentro de uma encruzilhada cultural: é por isso que seu pensamento permitirá ao cristianismo o abandono da órbita originária do judaísmo, para abrir-se à universalidade do mundo. Toda a primeira pregação de Paulo é difícil de captar, porque os seus escritos

O que a Religião não faz e o Cristianismo faz

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Por John Charles Ryle Uma simples religião de domingo não é o suficiente. Algo que colocamos e tiramos com nossas roupas de domingo é impotente. Os homens sabem que há sete dias na semana, e que a vida não é feita só de domingos. A ronda diária de formalidades e cerimônias nos edifícios consagrados não é o bastante. Os homens espertos lembram que há um mundo de obrigações e aflições fora das paredes da igreja, no qual eles devem exercer o seu papel. Eles querem algo que possam levar consigo neste mundo. Uma religião monástica nunca conseguiria. Uma fé que não pode florescer fora de uma estufa eclesiástica, uma fé que não pode encarar o ar frio dos negócios do mundo, e frutificar, exceto se for por trás do muro do isolamento e do asceticismo – tal fé é uma planta que o nosso Pai Celestial não plantou, e ela não leva nenhum fruto à perfeição. Uma religião de entusiasmo espasmódico e histérico não consegue. Ela pode servir para mentes fracas e sentimentais por um tempo; mas ela rar

Violência Desafia Governos e Educadores

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Por Luciano Máximo e Sérgio Bueno Simples busca na internet descortina dezenas de casos ocorridos nos últimos anos envolvendo pessoas portando armas de fogo dentro dos muros das escolas em todo o país, sejam elas públicas ou particulares. O Valor procurou os educadores envolvidos em alguns destes casos e os relatos mostram a dificuldade em lidar com a violência quando ela entra no ambiente escolar. "No cotidiano, nem o governo nem as escolas sabem como agir diante da violência. Deveria existir um plano maior, de prevenção e esclarecimento, principalmente com a participação de pais e da comunidade", avalia Volmer Pianca , diretor do Sindicato de Especialistas em Educação do Magistério do Estado de São Paulo (Udemo). Em um universo de 496 escolas estaduais que participaram de pesquisa da entidade, 84% registraram ocorrências relacionadas à violência em 2009. Constam do levantamento ameaça a professores, arrombamentos, explosão de bombas, uso de drogas e porte de armas. M

Tiririca Faz Escola: Pode, Sim, Ficar Pior!

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Por Luiz Alberto Weber Matriculado numa afamada escola de maus costumes políticos do Brasil, Tiririca aprendeu rápido. Em menos de dois meses na Câmara dos Deputados, o palhaço, acusado pelo Ministério Público de ser analfabeto - o que quase ameaçou sua posse -, pós-graduou-se em malfeitorias parlamentares. Boletim hipotético registraria assim o desempenho de Tiririca no Congresso: nota 10 na disciplina Contratação de Fantasmas, aprovado com louvor em Uso de Dinheiro Público para Fins Privados e summa cum laudae [com a maior das honras] em Compadrio. Neste curto período em Brasília, o parlamentar que se elegeu embalado pelo bordão "Você sabe o que um deputado federal faz? Nem eu, mas vota em mim que eu te conto" tornou-se um veterano. A full immersion [total, completa imersão] brasiliense foi tão eficaz que até mesmo o compromisso selado com seu 1,353 milhão de eleitores foi esquecido: Tiririca manteve em discreto sigilo a nomeação para cargos públicos de seus ex-assessor

A Violência Bíblica Volta à Moda Entre Ateus

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Voltam à cena as manifestações de ateus que afirmam que a religião promove a violência e a injustiça, baseando-se em passagens do Antigo Testamento que contrastam bastante com os valores contemporâneos. Paul Copan responde a estas acusações num livro de recente publicação, Is God a Moral Monster? Making Sense of the Old Testament God (Deus é um monstro moral? O sentido do Deus do Antigo Testamento), da Baker Books . O título do livro vem de um ataque do ateu militante Richard Dawkins, que chama Deus de "monstro moral". Dawkins acusa Deus de ser ciumento, mesquinho, injusto e vingativo, observa Copan. O também ateu Christopher Hitchens afirma que o Antigo Testamento fornece justificativas para o tráfico de seres humanos, para a escravidão e para os massacres. Daniel Dennet, por sua vez, apresenta Deus como insaciável de louvores, por dizer que criou os seres humanos à sua imagem e com isto revelar a sua vaidade. Copan responde que, ao criar os seres humanos, Deus exprime

Tchau, Teologia! Vai com Deus...

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Por Magno Maganelli Jesus respondeu: “Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!” A história da Igreja ensina que as diferenças de opinião sobre modos de interpretação (abordagens) e doutrinas (posicionamentos) sempre ocorreram. A novidade nos últimos anos é que os cristãos não mais divergem sobre abordagens nem sobre posicionamentos, porque nada sabem sobre a Bíblia nem sobre teologia. A maioria dos cristãos não considera a teologia e suas doutrinas algo importante, relevante e nem de aplicação prática em suas vidas. Nas igrejas (e reuniões informais dos “sem-igreja”), no entanto, todos querem acertar o alvo e se darem bem. Mas como isso acontecerá, se não conhecem a proposta bíblica? O clímax da afirmação acima, feita por Jesus, é que nós “erramos”, e ele dá o motivo: por falta de conhecimento . Vincent Cheung em sua obra diz que “não há propósito maior para o homem senão o de conhecer a Deus”, e, “visto que Deus se revelou através da Escritur