O Que é a "Partícula de Deus"?
Por Michelson Borges
O mundo científico ficou agitado na
primeira semana de julho. O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN)
anunciou, no dia 4, de manhã, em Genebra, a descoberta de uma partícula
totalmente nova que pode ser o famoso bóson de Higgs, entidade subatômica cuja
procura já dura quase 50 anos e que também ficou conhecido como Partícula de
Deus. A nova partícula apresenta, em primeira análise, características de massa
e comportamento previstas para o bóson de Higgs pelo chamado Modelo-Padrão, a
“tabela periódica” da física das partículas.
A matéria sobre o bóson, publicada por
um site brasileiro de divulgação científica, termina assim: “Sejamos gratos aos
cientistas que descobriram mais uma parte misteriosa da natureza sem a qual
nada do que conhecemos hoje existiria, nem sequer nós mesmos.” Assim, atribuem
a criação do Universo a uma partícula, não ao Criador de todas as partículas. O
site agradece aos cientistas e à partícula, apenas. Por isso, o certo seria
chamá-la, do ponto de vista dessas pessoas, de Partícula Sem Deus.
A importância do bóson de Higgs,
segundo os físicos, está em sua capacidade de conferir massa às demais
partículas. É mais ou menos como uma pessoa que nada em uma piscina e sai dela
molhada. As partículas, ao atravessar o “mar de bósons de Higgs”, saem dele com
massa. Como isso acontece? Aí você terá que perguntar a um físico... De
qualquer forma, a despeito das interpretações filosóficas, as pesquisas
realizadas no LHC (Grande Colisor de Hádrons) têm sido muito importantes para
entender o mundo das partículas subatômicas.
O press release sobre
a descoberta procura arrefecer um pouco os ânimos. Diz o texto: “O próximo
passo será determinar a natureza precisa da partícula e seu significado para
nosso entendimento do Universo. [...] Toda a matéria que podemos ver parece não
ser mais de 4% do total. Uma versão mais exótica da partícula de Higgs pode ser
uma ponte para entender os 96% do Universo que permanecem obscuros.”
Podemos ver apenas 4% da matéria do
Universo. 96% dele permanecem como um mistério para os cientistas. Isso nos dá
uma ideia do quão pouco conhecemos sobre o Universo e a realidade que nos
rodeia e deveria inspirar muita humildade aos cientistas.
A descoberta do bóson tem 4,9 sigmas de
significância. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O
valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em um milhão de que os
resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse
número como uma confirmação da descoberta.
Curiosamente, as chances de que o
Universo (com suas leis e constantes finamente ajustadas) tenha “surgido” por
acaso e de que a vida tenha “aparecido” a partir de matéria inorgânica são
ainda menores do que um em um milhão. Mas os cientistas darwinistas encaram
essa improbabilidade como fato!
Resumo da ópera: é muitíssimo
improvável que o Universo tenha surgido por acaso e conhecemos muitíssimo pouco
desse Universo (4%). Logo, não deveríamos excluir a possibilidade de design inteligente
na criação do cosmos. Se os números e as evidências factuais não nos falam
contrariamente a essa conclusão, o naturalismo se trata unicamente de uma
filosofia adotada por qualquer outro motivo que não o que seria oferecido pela
ciência experimental.
Entender as partículas – e tudo o que
nos rodeia – é uma aventura e tanto do conhecimento e é algo que deve sempre
ser estimulado e promovido. Mas por que negar, baseado em opiniões e vontades,
a existência do Criador das partículas e do Universo?
Fonte:
http://www.criacionismo.com.br/2012/07/particula-sem-deus.html
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