Os Assembleianos e a Leitura da Bíblia de Estudo Pentecostal
Por João Cesário Leonel
Ferreira
Os
protestantes brasileiros, desde sua inserção no Brasil em meados do século XIX
até início dos anos 1980, praticavam não apenas a leitura da Bíblia, mas também
tinham à disposição interpretações particulares segundo os vários segmentos
denominacionais mediante sermões ouvidos ou lidos, livros de interpretação
bíblica ou mesmo de obras biográficas nas quais os protagonistas demonstravam,
em seu exemplo de vida, a interpretação prática de textos da Bíblia.
Do
ponto de vista da leitura, o leitor relacionava‑se com um texto aberto, o bíblico, diante do qual
buscava sentidos a partir de suas vivências e contexto religioso. A
interpretação específica da denominação era externa ao texto, e, dessa forma, a
distância permitia maior liberdade de análise ao leitor. Com o surgimento das
bíblias de estudo, a situação começa a mudar. Agora o texto bíblico traz junto
de si paratextos que procuram direcionar seu sentido. Do ponto de vista teórico
e prático, o leitor é alvo de coerção sob uma leitura que é voltada a
determinados fins. No caso da BEP, o alvo é torná‑lo conhecedor e praticante dos conteúdos bíblicos
que definem e orientam o cristão pentecostal assembleiano.
Nota:
O título desta postagem é do editor do blog e as palavras contidas no corpo é parte das “considerações
finais” do artigo original.
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